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A conscientização é o melhor caminho para a prevenção, que por sua vez é o tratamento mais eficaz dessa doença.

Como prevenir diabetes por meio da alimentação?

Uma alimentação adequada, com baixo teor de açúcar e ingestão de alimentos não processados, diminui as chances de pessoas diagnosticadas com pré-diabetes evoluírem para o tipo II da doença. Hábitos saudáveis e prática de atividade física contribuem para que não haja necessidade do paciente fazer uso de medicamentos para controle do pré-diabetes.

Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, que possuem altas concentrações de açúcar, gordura e sódio, é uma das recomendações do Ministério da Saúde que constam no Guia Alimentar para a População Brasileira e podem colaborar também para a prevenção da doença. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes estimam que 40 milhões de brasileiros sejam pré-diabéticos, e sabemos que 50 % dessas pessoas evoluirão para DM2, pois não estão dispostas a mudar os hábitos de vida. Atualmente, o Brasil consome 50% a mais de açúcar do que o recomendado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso tem impactado no aumento do diabetes nos últimos anos, que  cresceu 54% nos homens e 28,5% nas mulheres.

Pessoas que já são portadoras de diabetes e tratam com medicamento têm como tratar por meio da alimentação também?

Por ser uma doença crônica multifatorial, o tratamento do diabetes envolve três frentes: alimentação balanceada, exercícios físicos e medicamentos. Uma boa alimentação, baseada especialmente na dieta do Mediterrâneo (que basicamente inclui o consumo regular de azeite, peixes, oleaginosas, frutas, legumes e grãos integrais), pode ser responsável por 50% do sucesso do tratamento do diabético.

É importante destacar que a dieta pode contribuir para o desenvolvimento da doença ou para o tratamento dela. Por se tratar de uma doença sem cura e progressiva, uma boa alimentação é capaz de reduzir a velocidade do desenvolvimento do diabetes e, consequentemente, reduzir as complicações associadas à doença

Apesar de não ser um conceito inovador (e muito menos uma prática fácil de ser adotada no dia a dia), ainda não descobriram nada melhor para manter a saúde e a qualidade de vida dos pacientes com diabetes do que uma boa alimentação e a prática regular de atividades físicas – que juntas resultam no controle do peso.

Atualmente, muito tem se discutido sobre dietas de baixo carboidrato e tratamento do diabetes tipo 2. Tem alguma relação?

As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós-refeição, uma vez que qualquer carboidrato ingerido resultará no aumento dos níveis de glicose sanguíneos. A Associação Americana de Diabetes (ADA), em nova diretriz, considera que o método (Low Carb) pode ser usado também para tratar pacientes com diabetes tipo 2, que frequentemente são obesos. A dieta low carb recomenda que o consumo de carboidratos não passe de 45% do total das calorias ingeridas diariamente. Para isso, o cardápio deve priorizar fontes de proteína, gorduras boas, legumes, verduras e fibras. Os benefícios da low carb, especialmente em curto prazo, incluem redução de peso, da glicemia e dos triglicerídeos.

Qual a relação da alimentação e o desenvolvimento de doenças crônicas?

Nos países em desenvolvimento, é importante considerar que as mudanças econômicas, sociais e demográficas possuem consequências na saúde da população. As doenças crônicas estão relacionadas com a alimentação inadequada e a má qualidade de vida.

A obesidade é considerada uma epidemia mundial e, associada ao diabetes mellitus, é responsável por grande parte das doenças cardiovasculares, assim como a hipertensão, a doença coronariana e o AVC.

Um estudo recente divulgado na Revista The Lancet mostrou que uma em cada cinco mortes no mundo, em 2017, esteve relacionada a uma alimentação ruim, seja por consumo excessivo de sal, açúcar ou carne, ou por carência de cereais integrais e frutas. Quase todas as 11 milhões de mortes foram provocadas por doenças cardiovasculares e as demais por câncer ou diabetes tipo 2, associadas geralmente à obesidade e ao modo de vida (sedentarismo e alimentação desequilibrada).

O estudo está alinhado com outros dois relatórios publicados em janeiro que ressaltaram o vínculo entre alimentação, meio ambiente e mudança climática. “Estes três fenômenos interagem: o sistema alimentar não é apenas responsável pela pandemias de obesidade e desnutrição, como também gera entre 25 e 30% das emissões de gases do efeito estufa”, afirmam os especialistas, que apontam em particular a pecuária.

As estatísticas mostram que em 2025 teremos 29 mil novos casos de câncer no Brasil em decorrência da obesidade.

Baixa frequência do consumo de alimentos ricos em fibras; aumento do consumo de gorduras saturadas; aumento do consumo de refrigerantes e açúcares; alimentos industrializados são responsáveis por essa triste estatística.

Como a alimentação pode ajudar na longevidade? Viver mais, mas com saúde.

Para se ter uma vida longa e saudável não há mistério, basta dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e evitar o estresse. Embora a genética tenha seu papel neste contexto, os hábitos de vida e a alimentação são fatores determinantes. Cerca de 10% da longevidade depende da herança genética, no entanto, os outros 90% são fatores que dependem do estilo de vida, como: alimentação, prática de atividades físicas, fumo, bebidas alcoólicas, estresse. Comer bem é o segredo mais antigo de saúde que existe. A dieta deve ser rica em frutas, hortaliças, legumes e cereais integrais, alimentos fontes de vitaminas, minerais antioxidantes e fitoquímicos, que atuam combatendo a ação dos radicais livres.

Estamos falando sobre uma dieta equilibrada, que prioriza alimentos naturais, preservados. Comida de verdade.

  1. Preferir sempre alimentos in natura ou minimamente processados;
  2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades;
  3. Limitar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados;
  4. Consumir alimentos orgânicos;
  5. Cozinhar em casa;
  6. Ser crítico. Existem muitos mitos e publicidade enganosa em torno da alimentação. Aprender a ler os rótulos e avaliar  as informações é de suma importância  para manter uma alimentação saudável;
  7. Substituir alimentos como arroz, pães e macarrão feitos com farinhas brancas, por opções integrais  (por serem ricos em fibras, liberam a glicose de forma mais lenta na corrente sanguínea);
  8. Não consumir açúcar e alimentos açucarados. Substituir por adoçantes a base de estévia ou sucralose, recomendados por serem mais naturais e com menor sabor residual;
  9. Alimentos dietéticos devem ser consumidos em pequenas quantidades, pois geralmente  apresentam maior quantidade de gorduras;
  10. Não ultrapassar o consumo de 3 frutas por dia, em horários alternados;
  11. Reduzir o consumo de sal e gorduras. O diabetes está muito relacionado ao desenvolvimento da  hipertensão e das dislipidemias;
  12. Escolha temperos mais naturais como o alho e a cebola e invista em  ervas (salsa, orégano, manjericão e alecrim) para realçar o sabor dos alimentos;
  13. Beber mais água ao longo do dia para contribuir com a hidratação.

A educação nutricional tem importante papel no controle do diabetes e o acompanhamento com um nutricionista é essencial para a elaboração de um plano alimentar adequado e individualizado.